O Facebook removeu mais de 650 contas, vinculadas à Rússia, que faziam parte de uma campanha coordenada para espalhar mensagens anti-vacinação no site de mídia social, de acordo com Reuters. Esses perfis postaram conteúdo com o objetivo de promover questões políticas polêmicas nos Estados Unidos e direcionar os influenciadores que são membros da rede e possuem muitos seguidores no Facebook. O Facebook entregou informações sobre esta rede para a polícia, mas não revelou qual país eles acreditam ser o responsável por essas postagens.
Interferência russa
A empresa disse que compartilhou suas descobertas com autoridades dos EUA que investigam a interferência russa na política americana. Também compartilhou com comitês de inteligência do Congresso Americano, que estão conduzindo suas próprias investigações sobre a operação de influência do Kremlin, que também foi projetada para promover desinformação durante o ciclo de eleições presidenciais no passado.
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Lava a jato da desinformação no Facebook
O Facebook disse que encontrou uma campanha internacional de desinformação, que criou artigos e petições enganosas em fóruns como Reddit, Medium e Change.org, com contas falsas na plataforma para amplificar o conteúdo. Os investigadores da empresa chamaram a campanha de “lava a jato de desinformação”, envolvendo influenciadores pagos que atraíram “alguma atenção limitada” com suas postagens.
Falsas alegações e teorias de conspiração sobre COVID-19 e suas vacinas têm se espalhado em sites de mídia social. Grandes empresas de tecnologia como o Facebook foram criticadas por legisladores dos EUA e pela administração do presidente Joe Biden, que afirmam que a disseminação de mentiras online sobre as vacinas está dificultando o combate à pandemia.
Como a campanha “spam” continua a se espalhar no Facebook, agora foi descoberto que influenciadores de saúde e bem-estar contribuíram compartilhando petições e hashtags usadas na campanha. O Facebook baniu as contas de uma empresa que está na Rússia. Ela estava usando o Facebook para atingir pessoas na Índia, América Latina e os EUA.
O Facebook disse que a operação ligada à Rússia começou com a criação de muitas contas falsas em 2020, provavelmente originadas de fazendas de contas em Bangladesh e no Paquistão, que se diziam sediadas na Índia.
A rede postou memes e comentários em suas plataformas em novembro e dezembro de 2020, alegando que a vacina AstraZeneca transformaria as pessoas em chimpanzés, muitas vezes usando cenas do filme de 1968 “O Planeta dos Macacos”.